A onda de assaltos e violência em Itabuna está, literalmente, tirando
o sono da população. E a sensação que dá é que, a cada dia, a insegurança chega
mais perto da nossa própria casa. Ninguém está a salvo. Somente nas duas últimas
semanas, contabilizo alguns casos muito próximos (e, talvez, por isso, mais
impactantes), além das velhas conhecidas manchetes policiais dos jornais. Quatro
amigos tiveram os carros arrombados; dois, as casas assaltadas na madrugada
(com os moradores feitos de reféns, amarrados e ameaçados de forma covarde e
violenta); e, ontem, mais uma amiga teve o salão de beleza invadido e roubado,
pela terceira vez, em plena luz do dia. Em
todos os casos, levaram praticamente tudo de valor material. Porém, sem dúvida,
o prejuízo maior não foi o financeiro. E quem já passou por situação
semelhante, certamente concordará comigo: nada é pior do que o trauma, a
indignação e as sensações de impotência e insegurança que tomam conta das
vítimas e de todos nós, próximos, em momentos como estes. Já estive em cidades
citadas entre as mais violentas do país. Vitória, no Espírito Santo, e Recife,
em Pernambuco. Nesta última, fui vítima de um assalto. Eu tinha apenas 23 anos,
mas a sensação é amargamente inesquecível. Lembro-me do tremor incontrolável
por horas, da sensação horrível de pavor. Sou
até suspeito para falar sobre o assunto. Porque fui me tornando medroso mesmo e
extremamente cauteloso quando o assunto é segurança. É quase um TOC (aquela
síndrome do Transtorno Obsessivo Compulsivo). Confiro portas trancadas mil
vezes, tenho comumente a sensação de estar sendo seguido e, nunca, jamais, paro
em sinal vermelho depois das 22h. Ainda tenho boas memórias da minha infância
aqui, brincando na rua e andando sozinho de cima pra baixo, me sentindo protegido
e acolhido pelo ambiente “seguro” em que vivíamos. Hoje, infelizmente, o sentimento não é
mais esse. Na contramão de estatísticas, que mostram a “redução” nos índices de
criminalidade no Estado, o que sinto é que caminhamos para a triste e sufocante
realidade dos grandes centros. O crescimento da cidade, claro, influencia
nesses números. Não basta apenas culpar o governo. Mas, infelizmente, é fato
que os dados oficiais nem sempre correspondem aos fatos. E abrir os olhos para
a realidade é, certamente, o primeiro passo para enfrentar o problema.
O que me apavora é ver a desvalorização do ser humano, banalização da vida, guerras, fome, violência... e tantas outras coisas.. ainda bem que tbm tenho motivos para me alegrar!!
ResponderExcluirApena de morte deveria ser aprovada, e que todos os politicos corruptos fossem executados, e os traficantes de droga que estão acabando com as familias, e os estupradores.
ResponderExcluirO Congresso Nacional tem que fazer se respeitar, não somente pelos números vultuosos nos bolsos dos deputados, mas pelo respeito aos aplicadores da lei, e o estado é fraco.
ResponderExcluirNa minha cidade, vagabundos tiram descargas das motos, e além dos barulhos eles empinan motos batendo continência para as autoridades, porque eles sabem que ficam impunes.
Já os traficantes são respeitados, comprou e não pagou morre é verdade mas veja só. A Madeira que dá no doi, dá no outro também. Quem compra droga em quantidade e não paga, também mata o seu credor para não morrer, isto é a Lei da selvagería que é demais.
Qualquer viciado sem dinheiro consegue uma pedra de crack, uma dose de pó ou um pacau de erva para pagar no dia seguinte e praticamente nenhum dá calote, sabem porque? É porque se ele não pagar vai ser morto a tiros, mesmo que esteja devendo só 5 reais.
ResponderExcluirEntão onde está a falta do poder dissuasor das penalizações severas?
Se a coisa dá certo na sargeta, porque não haveia de dar no mundo organizado e sob o dominio da lei?
WAGNER ABANDONOU ITABUNA À PRÓPRIA SORTE E POR ESTA RAZÃO ESTAMOS COM ESSE PAVOR ENORME DE SERMOS A PRÓXIMA VÍTIMA NESSA DRAMÁTICA REALIDADE DE MORTES QUE SE SUCEDEM NA CIDADE.
ResponderExcluirWAGNER ABANDONOU ITABUNA À PRÓPRIA SORTE E POR ESTA RAZÃO ESTAMOS COM ESSE PAVOR ENORME DE SERMOS A PRÓXIMA VÍTIMA NESSA DRAMÁTICA REALIDADE DE MORTES QUE SE SUCEDEM NA CIDADE.
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