O desenhista, jornalista, dramaturgo e escritor Millôr Fernandes morreu na noite de terça-feira (27), aos 88 anos, em sua casa no Rio. Ele sofreu falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca. Millôr, cujo nome de registro é Milton Ferna
ndes, nasceu no Rio em 27 de maio de 1924, segundo sua carteira de identidade, mas a data pode não estar correta, segundo contava o próprio escritor. O pai morreu quando ele tinha um ano e a mãe, quando ele tinha dez anos. Com apenas 14 anos, começou a trabalhar como jornalista. Aos 19, foi contratado pela revista "O Cruzeiro". No período em que ficou na publicação, as vendas subiram de 11 mil exemplares para 750 mil. Fez sua primeira exposição de desenhos em 1957 no Museu de Arte Moderna. Foi um dos criadores do "O Pif-Paf". Apesar de ter durado apenas oito edições, o jornal é considerado o início da imprensa alternativa no Brasil. Millôr foi ainda um dos colaboradores de "O Pasquim", reconhecido por seu papel de oposição ao regime militar. Além disso, foi uma das primeiras personalidades brasileiras a ter espaço na internet, inaugurando seu site, que segue no ar até hoje, no ano 2000. O escritor também traduziu várias peças de Shakespeare, que se tornaram referência no meio teatral. Millôr foi colaborador da revista "Veja" e de vários jornais, entre eles, "O Globo" e "O Estado de São Paulo". Avesso a entrevistas, o escritor não costumava falar sobre seus trabalhos com jornalistas.

Estamos perdendo a personalidade do nosso Brasil, pois as pessoas que realmente tem algo a nos acrescentar estão indo embora...
ResponderExcluirSueli de Magalhães Sabóia
Prezado amigo Val Cabral
ResponderExcluirComo diria Guimarães Rosa, o maior escritor brasileiro: "Ele não morreu, ficou encantado!", Millôr deixou sua marca indelével no humor, no jornalismo, na literatura, na tradução, na dramaturgia, enfim, na nossa cultura como um todo, e no cenário político brasileiro.
Paulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
Realmente é uma perda muito grande. A Literatura Brasileira está de luto. Os grandes ícones do Brasil estão indo embora. Primeiro foi Chico Anysio e agora Millor Fernandes.
ResponderExcluirNao acreditei ao ler a noticia...Uma perda irreparavel!
ResponderExcluirErica Pertoline Batista
É... Perdemos mais um pouco do humor no Brasil e no mundo, mas o céu está em festa nesse momento... Descance em paz, meu querido Millôr! - Maria Raimunda da Frota Silva
ResponderExcluirHomens inteligentes não morrem... passam, mas se eternizam em suas obras. Sentimentos a seus familiares.
ResponderExcluirVal Cabral
ResponderExcluirO Millor lutou a vida inteira por uma coisa que a direção da Rádio Difusora ainda não conhece bem... LIBERDADE DE EXPRESSÃO....!!!!
Noeli Bastos de Sousa
Professora
Vimos que tudos passamos, queira Deus que nós ao passarmos possamos deixar lembranças que tracejam nos rostos felizes de quem fica. Deus os abençoe queridos Chico e Millôr.
ResponderExcluirLucilene Ferraz de Almeida
Assim não dá! Primeiro, Chico Anysio; agora, Millôr Fernandes. Os ícones de nossa cultura, exemplos de caráter e bom humor, estão indo... Esse mundo vai perdendo a graça pouco a pouco.
ResponderExcluir... e o Sarney continua vivo!
ResponderExcluirSissi