Mesmo entendendo que a tragédia japonesa ocorreu após ação da natureza, já se sabe, entretanto, das falhas de gerenciamento dos dis
positivos de segurança das usinas de Fukushima. E olha que se trata do Japão, cujo povo é conhecido pela disciplina e capacidade de reação diante de adversidades. Do Oriente para o Brasil, o debate em torno da expansão dessa matriz energética já inclui a Bahia no roteiro. Aliás, autoridades locais até festejaram a possibilidade de nosso Estado ser “contemplado” com investimentos dessa natureza. Os festejos ocorreram antes do tsunami, é claro. Se o governo brasileiro precisa agir com transparência e definir as alternativas de produção de energia, com vista à sustentação do crescimento, a Bahia então necessita escolher o rumo do seu desenvolvimento. A energia nuclear pode até vir a ocupar mais espaço na política energética do País. A temeridade é admitir a implantação de usina nuclear, como instrumento eficaz para o nosso desenvolvimento. Para a comunidade técnica, a fórmula da geração energética se caracteriza pelo uso de tecnologias diversas, algumas das quais de custo menor do que a nuclear. As alternativas hidrelétricas, solar e eólica, além da biomassa da cana de açúcar, podem garantir nossa autosuficência, conforme as vocações, a ambiência e as potencialidades de cada região. Em relação às usinas nucleares, é indiscutível o alto custo de construção e, sobretudo, o imenso dispêndio de manutenção, agora, mais do que nunca, posto em xeque pela comunidade internacional. Quanto a Bahia, nossas autoridades precisam focar especialmente seus esforços na indústria petroquímica, agricultura e principalmente do turismo, que distribui renda, multiplica postos de trabalho e cria oportunidades como nenhum outro setor econômico. A consciência daqueles que, de caneta na mão, decidem sobre nossos destinos não pode ser contaminada por projetos megalomaníacos e aventureiros.

Não entendo do assunto, mas usina nuclear em países mais desenvolvidos já é uma transtorno, imagino no Brasil as margens do rio São Francisco, onde a decisão já se tornou política, uma usina para cada Estado (BA/PE), sendo que o rio São Francisco é que as separa, economicamente inviável, é por isso que fazem piadas de nós nordestinos, no futuro não será apenas a seca que poderá matar, mas também a água se esta for cantaminada por material radioativo, que chamem os ambientalistas para explicar.
ResponderExcluirSe usina nuclear fosse coisa boa, os estados do Sul e Sudeste seriam os favoritos.
ResponderExcluirPor que no NORDESTE e não em BRASILIA? La ficaria ao lado da administração dos governantes!
ResponderExcluirNÃO! NÃO! NÃO! O RIO SÃO FRANCISCO É UMA DÁDIVA NORDESTINA CONSAGRADA E DEVE SER PRESERVADA COM TODO AMOR E RESPONSABILIDADE HUMANA E PESADAMENTE SOCIAL PORQUE NÃO É SÓ PARA O PRESENTE INSTANTE MAS PARA O FUTURO, SE É QUE QUEREMOS CONSERVAR A VIDA...
ResponderExcluirSe tiver algum problema nuclear no futuro com essas usinas como está acontecendo no Japão não tem problema. Somos todos nordestinos e somos descartáveis né. Agora vão querer entupir aqui dessas usinas enquanto no sudeste para nos 3 Angras que não podem desativar.
ResponderExcluirPor que o Governador não fala com seus amiguinhos de Brasilía para fazer isso na terra dele, no Rio de Janeiro? Esse governador adora a Bahia, por isso trabalha tanto....
ResponderExcluirO mundo inteiro acompanhando os efeitos de se usar energia nuclear e o governo insistindo com esse projeto? E os demais projetos que utilizam energia limpa? Se os projetos não existem, aumente o fomento de pesquisa, sai mais barato do que construir a usina nuclear.
ResponderExcluirDeveríamos estar nos questionando se devemos continuar a nos curvar diante de planos mirabolantes destes desajustados moralmente, também não deveríamos estar sustentando as roubalheiras promovidas pelas empreiteiras, afinal, nesses planos apenas os políticos e os empreiteiros serão beneficiados.
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