Prefeitura Itabuna

Trief

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19 de novembro de 2010

A VIDA, AS MORTES E SUAS INSIGNIFICÂNCIAS

Qual o valor da vida? Quanto vale uma pessoa? Estas perguntas não podem deixar de vir à tona quando nos deparamos com a vergonhosa sequência de assassinatos de jovens em nossa cidade. Nada explica, nada justifica a barbaridade cometida contra aqueles que foram adotados pelos traficantes, ou são marionetes e moribundos das drogas. Mas tais assassinatos tudo revelam. A morte de mais de cento e trinta pessoas em Itabuna, somente nos últimos 11 meses, escancara aos nossos olhos a falta de sentido e de valor que se dá à vida humana. Mata-se por qualquer razão... Aliás, talvez a razão que mova os assassinos seja a s eguinte: aqueles que devem ao tráfico são uns inúteis, e por isso merecem a morte. Se não pagam e não tem como pagar pelo o que consome, é melhor morrer. Serve de aviso aos demais toxicômanos. É a lógica da utilidade, de quem jamais experimentou a vida como gratuidade, como dom que não está sob o nosso livre arbítrio. Quem pensa assim, somente pode construir uma cultura de morte. E até quando fecharemos os olhos à morte que nos cerca? Até quando não nos atentaremos que nossa sociedade agoniza na falta de sentido? As drogas, o sexo desenfreado, entre outras tantas coisas, roubam de nossos jovens os seus melhores anos. A falta de uma educação de qualidade e o eterno desequilíbrio na distribuição de renda usurpam o direito de viver humanamente de tantas famílias. Nem todos os que estão envolvidos com drogas são bandidos, mas os que se encontram no banditismo foram de certa maneira empurrados para lá; o que não justifica seus crimes, mas denuncia, conforme já dissemos, o pouco cuidado que temos pela vida e pela pessoa humana. Padre Zezinho, grande cantor, compositor e escritor católico, dizia em um dos seus escritos: o homem vale muito pouco, um pouco de muito amor. De fato, custamos um pouco de amor. E como amar, por pouco que seja, custa caro! Porque simplesmente o amor compromete, cuida, faz crescer aquele que é amado. O amor cristão está nas bases de nossa cultura ocidental. Precisamos retornar às fontes, precisamos resgatar nossos valores. Precisamos todos nos empenhar na promoção de uma cultura de vida plena, começando em nossos lares, primeiras igrejas, primeiras escolas, a formar homens e mulheres forjados nos valores mais profundos. Exijamos também, da parte dos governantes, políticas públicas inclusivas. Assim experimentaremos que o homem vale muito pouco, um pouco de muito amor.

2 comentários:

  1. O maior problemas para os vivos, são as pessoas que já morreram há muito tempo, mas continuam insistindo em andar por aií perseguindo e prejudicando outras pessoas. Minha sogra que o diga! Gutemberg Matos

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  2. Val Cabral
    Alguém tem que avisar ao prefeito José Nilton 10 leal, que ele está mortinho e que o povo só espera o dia das próximas eleições, para enterrar ele de vez!!!
    Wellington Duarte da Silva
    Taxista

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